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ENGENHO

ENGENHO ANTIGO e CHARQUEADA

passo dos negros

pelotas rs brasil

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Por figurar como um dos palcos da escravização de pessoas negras nas charqueadas pelotenses, o Passo dos Negros apresenta ruídos entre o sistema escravagista e o trabalho assalariado. Ao percorrer a Estrada do Engenho tu te transporta para uma cosmologia onde o fluxo do passado e do presente coexistem, uma energia que nos leva a lutar com as comunidades negras da região por uma retratação histórica. A amplitude que a paisagem do canal São Gonçalo proporciona é recortada por um imponente engenho, desativado em 1994 onde há metros de distância existe um prédio de uma antiga charqueada. A matança do boi para a produção do charque construiu a base comercial da região e propiciou comportamentos de alto padrão para a sociedade pelotense entre meados do XIX e início do século XX. O resultado está nos arranha-céus que cruzamos ao caminhar pela cidade. O engenho de arroz foi construído no início do século XX por Pedro Luiz da Rocha Osório, uma iniciativa para alavancar seus negócios. Como tinha empreendimento como charqueador, e a queda desse tipo de negócio se anunciava no início da República, ele buscou novas técnicas de cultivo de arroz e virou um dos maiores engenhos da América Latina. A escravidão não acaba de um dia para o outro! Por isso, a charqueada e o engenho não devem ser vistos como algo separado. Os prédios estão ali como registros da história, sendo que, os que podem conta-lá são os trabalhadores e trabalhadoras que levantaram esta cidade,  e nós, negros e negras, temos uma grade relevância nesta construção.

MAPA


MAPA
 

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VÍDEO


VÍDEO
 

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Ao caminhar pelo Passo dos Negros o que não faltam são histórias do engenho e da charqueada. Este vídeo é um compilado de informações sobre o espaço, onde hoje, mesmo sem o trabalho no engenho, os seus ex-funcionários e funcionárias mantêm a sua história viva. Seu Pedro como interlocutor da ponte narra suas experiências como trabalhador do engenho para expandir esta narrativa. A antropóloga Simone acompanha a caminhada e fala um pouco sobre suas vivências de mulher negra pelotense e a relação de sua ancestralidade com o Passo dos Negros, através dos traumas da escravização e a expansão milenar da nossa resiliência enquanto povos negros.

CAMISETAS


CAMISETAS
 

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Para nós, netos e filhos dos negros e negras das charqueadas. Para nós, trabalhadores e trabalhadoras que construíram essa cidade. A estampa aqui pede que abramos os olhos, pois com eles fechados não dá pra ver a luz nem o que o mundo tem pra oferecer.  Assumir a paz que a gente tem no coração, para sorrir e entender que o sopapo do Giba Giba que bate aqui em Pelotas é o mesmo som que bate lá na África e é essa energia que nos mantém de pé, navegando no atlântico negro através das nossas raizes.

 

A cultura oral é a árvore que nos propicia o contato com a nossa ancestralidade através da circularidade, para produzir um movimento de aprendermos com o passado para construir futuros onde possamos existir, como seres negros em sua essência.

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CARTAZ


CARTAZ
 

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Nós, negros, muleques e mulambos, trabalhamos e morremos por esses territórios, os quais, hoje são redesenhados por crianças da comunidade que passam em bando por ruas de terra. Uma área que poderia ter o peso da opressão, mas que, com a presença das novas gerações, ao contrário, reflete a leveza da vida. Espaço onde o que reina é a maternidade das águas que propiciam uma natureza esplêndida na esquina das casas dos que habitam a região. Os fluxos dos tempos mostram que os fazeres e viveres dessas populações foram invizibilizados e seus conhecimentos negros foram apropriados pela cultura eurocêntrica. O formato da máscara soa através da dualidade das vidas subjulgadas pelo racismo estrutural, que buscam no empretencer o ser negro que nos foi tirado.

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Salve o arquivo do cartaz e compartilhe em suas redes sociais ou por e-mail. Quem sabe mais alguém gostaria de conhecer o Engenho antigo e a Charqueada  no Passo dos Negros?!

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Escute a música inspiração do cartaz:

 

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POSTAL


POSTAL
 

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De um lado, arrastava-se e matava-se o boi, conforme a cultura africana, entre a meia-noite e o meio-dia. Os afazeres começam quando a lua fica no seu ápice, e finalizam no instante em que o sol tem intensidade. De um lado o boi, do outro o arroz. Um arrasta a unha do animal, o outro carrega o peso do trigo. Toneladas ensacadas por uma costura feita por mulheres, como uma colcha de retalhos. Ao unir as partes dos tecidos surgem uma estampa vermelha na cor do sangue, não de dor, mas de labor com ardor, na busca por uma liberdade de viver e transmitir aos seus o amor e não a dor. Por entender que esse espaço remete ao genocídio e sobre tudo a sua transformação e resiliência de suas comunidades, é indiscutivel dizer que O Engenho e a Charqueada também são parte do Passo dos Negros.

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Fotografia: Daniela Xu

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FOTOcartoGRAFIAS


FOTOcartoGRAFIAS
 

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Nas paisagem do Canal São Gonçalo recortada por prédios vivem a ancestralidade negra enquanto corpo e alma. Foi por meio da feitura do charque que as famílias dos barões tiveram seu ápice econômico dentro do sistema de escravização das pessoas negras. Estrutura que enquadrou as comunidades negras a dedicarem-se a esse projeto hegemônico que resulta em um processo de destituição dos bens materiais que as populações racializadas vivenciam até os dias de hoje. Os traumas da escravidão percorrem a antiga estrada de terra, e soterrar esta historia só mostrará que continuam nos silenciando. No Passo os espaços trazem o peso da exploração que é transformado pelas comunidades. As crianças aparecem como pássaros colorindo a paisagem como um arco-íris, ao cantar bem alto que são o futuro do Passo dos Negros.

 

 

conheça os espaços do Passo:

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narrativa transmídia em expansão Ana Langone @2021

Esta página é resultado da pesquisa realizada no mestrado em artes visuais na linha de pesquisa de processos de criação e poéticas do cotidiano com apoio e parceria da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Centro de Artes (CA-UFPEL), Programa de pós-graduação em Artes Visuais (PPAGVI/UFPEL), CAPES, Marcha Mestra Girô Sirley Amaro, Usina Feminista, editora CERTERRADA. O site foi financiado pelo edital Criação e Formação - diversidade das culturas, Fundação Marcopolo, Lei Aldir Blanc, Governo Estadual do Rio Grande do Sul, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

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