dissertação
Vivências Poéticas de uma Mulher Negra: Arte, Escrita e Design como ferramentas para produzir uma
Narrativa Transmídia Multiplataforma sobre a história do Passo dos Negros em Pelotas
Como contar uma história que não tem fim?
A arte transmídia pode ser a resposta ao construir pontes entre diferentes discursos sobre o mesmo tema, como costuras entre narrativas prontas a serem expandidas pelo alinhamento com outras histórias. É através da narrativa transmídia em expansão - metodologia que transita dentre as paisagens que compõem os ambientes físicos e virtuais ampliados pelas multiplataformas - que esta produção é costurada. Na coexistência das linguagens analógicas e digitais, eu, artista negra pelotense, busco inspiração para minha produção poética em um lugar chamado Passo dos Negros, em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Acompanhada pelo aprendizado partilhado com a comunidade daquele território, escrevo, desenho, pinto, filmo, bordo, fotografo, performo, canto, projeto e costuro receitas a fim de limpar feridas e ganhar autoestima. E as compartilho de modo sensível. Em uma perspectiva comunicativa centrada em Exu e a partir do que denomino “artescrevivência”, encontro, nas encruzilhadas por onde caminho, ferramentas para cur(ar) e reg(ar) autoestima. São cria(ações) de uma fanakisi que busca (des)velar a história hegemônica, em um movimento sankofa, para transformar kintu (matéria-meio-canal) em kuntu (estética, beleza, alegria, felicidade, apreciação, fruição estética) em prol das comunidades "amefricanas" e sobretudo das pessoas que vivem no Passo dos Negros.
mestrado em processos de criação e poéticas do cotidiano
programa de pós-graduação em artes visuais
universidade federal de pelotas
pelotas/RS
2021
palavras-chave: Artes Visuais; Design; Transmídia; Passo dos Negros; Pelotas.
orientador: Lúcia Bergamaschi Costa Weymar
coorientadora: Rosângela Fachel.
bolsista de cota racial pela CAPES,