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ana paula siga langone

1980, Pelotas/RS

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Criadora transmídia, catadora e contadora de histórias.

Mestranda em Artes Visuais na Universidade Federal de Pelotas (PPGAVI/UFPel).

 

Como pesquisadora (des)vela as histórias hegemônicas da cidade de Pelotas/RS e através da (ar)te busca promover a autoestima entre as comunidades negras. Enquanto bacharel em Design Gráfico (2005) trabalhou na indústria da moda na Serra Gaúcha (2005-2015) e hoje atua como freelancer (designer do Mississippi Delta Blues Festival desde 2016). Há mais de um ano é articuladora da Usina Feminista, cooperativa de geração de renda para mulheres em Pelotas. No artesanato inspira-se nas estamparias do continente africano e por meio de suas criações apresenta os elos produzidos pelas semânticas visuais do atlântico negro. Ao transit(ar) entre as artes, busca na música também uma forma de expressão ao ser dj.

2018-2021            Mestranda em Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano

Programa de Pós-graduação em Artes Visuais

Universidade Federal de Pelotas

2018-????            Estudante de Arqueologia

Universidade Federal de Pelotas

2001-2005          Bacharel em Artes Visuais - habilitação em Design Gráfico

Universidade Federal de Pelotas
Estamparia africana: A cultura milenar do grupo étnico Kuba, Congo, como inspiração para uma coleção de estampas que traduzem a reminiscência da mulher negra pelotense. Orientadora: Eliane Nunes.

Durante a vida acadêmica, na minha primeira graduação, fui pesquisadora inicialmente da Fapergs e depois CNPq vinculada ao laboratório de fotografia do atual Centro Artes, UFPel. Neste período, 2002 até 2005, orientada por Francisca Michelon, começo a investigar as questões de gênero por meio da análise das fotografias contidas nas revistas “Ilustração Pelotense” do início do século XX, na cidade de Pelotas - RS - Brasil. A investigação é ampliada ao evidenciar a presença de mulheres negras nas fotografias da revista em questão. Para a dissertação final da graduação em Artes-Visuais hab. em Design Gráfico – UFPel, em 2005, orientada por Eliane Nunes, criei uma coleção de estampas inspiradas nos grafismos têxteis produzidos pelos povos de Kuba, Congo - África.

 

Enquanto Bacharel em Design Gráfico, firmei vínculos (2005/2015) com indústrias da moda na área do design de estampas, design gráfico, design de produto e fashion design. Durante esse período, fechei contratos com pequenas, médias, grandes empresas e multinacionais com licenciamentos de diversas marcas. Como freelancer trabalho como social media, diretora de arte e designer gráfico para setores diversos como: Mississippi Delta Blues Bar - Caxias do Sul e Rio de Janeiro (2016-2018) & Mississippi Delta Blues Festival de Caxias do Sul e do Rio de Janeiro (2016-atual). Neste mesmo festival, pautando as questões afrodiaspóricas estou como produtora cultural,  atividade que iniciou com as vivências em coletivos em Pelotas (2002/2004) e em Caxias dos Sul (2009-2014) e expande-se como o curso de agentes culturais, da Teia Cultural em Caxias dos Sul.

 

No teatro trabalhei em algumas peças e performances com grupos de teatro independentes e por contrato. Um dos trabalhos mais significativos foi a personagem de uma mulher negra, doceira e contadora de história, inspirada na mestra Griô Sirley Amaro, no Espaço Arte do Doce na Fenadoce criado pelo artista Madu Lopes, em Pelotas-RS durante as edições de 2017 e 2018.

 

Minha atual pesquisa (bolsa Capes) gira em torno das poéticas do cotidiano e dos processos criativos. Nela produzo uma narrativa transmídia com a proposta de compartilhar as minhas vivências de forma sensível sobre um espaço chamado de Passo dos Negros, em Pelotas - RS. Um território onde as pessoas que ali habitam lutam pela sua permanência e trazem à tona histórias da antiga Pelotas, dos barões do charque aos grandes empresários. As narrativas que transcorrem sobre o local torna-o importante tanto para as comunidades negras como para a própria cidade de Pelotas, através do reconhecimento do local como um patrimônio cultural pelotense. Nessa conjuntura, produzo uma narrativa poética propondo através das minhas artescrevivências - ao incorpor(ar) arte nas minhas escrevivências potencializadas por Conceição Evaristo – que misturam-se entre escrita, artes gráficas (camisetas-cartazes-postais), audiovisuais, performances, para denunciar o processo de gentrificação na região. Nessa comunicação transmidiática narro uma história que amplia-se com adesão de outras narrativas e outros co-autores. Nos trânsitos da pesquisa, diálogo com outras áreas que atuam no Passo dos Negros, o Grupo de Estudos de Etnografias Urbanas da Antropologia, GEEUR foi um dos coletivos que mantive trocas entre os anos de (2018/2020) e a partir de 2021 insiro-me em outros projetos da própria comunidade, como o coletivo de mulheres do próprio território.

 

Enquanto feminista começo a militância na Marcha Mundial das Mulheres a partir de 2009. No ano de 2019, juntamente com outras mulheres, foi fundada a ONG Usina Feminista na cidade de Pelotas, com o objetivo gerar renda para as mulheres por meio da economia criativa e solidária. Durante a pandemia da Covid-19 surge a Organização Corpórea - uma iniciativa de mulheres na qual fui uma das idealizadoras - que tem como proposta a criação de exposições virtuais para viabilizar outros espaços expositivos durante o isolamento social. E junto com as comunidades negras pelotenses participo e sigo como articuladora da Marcha Mestra Griô Sirley Amaro.

 

E como uma seguidora de Exu, narro as histórias negras através da sonoridade ao ser dj.

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