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(des)velar

A palavra “(des)velar” surge de desvelar, que significa “tirar o véu, retir(ar) o sono de, elucid(ar), e, nesta pesquisa, assume distintos desdobramentos que desvelam e revelam Pelotas, uma cidade velada e escondida pelo racismo e por suas intencionais estratégias de manter em silêncio o protagonismo de povos historicamente dizimados. Estratégias, tais como muros visíveis e invisíveis que bloqueiam a interação entre pessoas nas ruas da cidade, demarcam grandes espaços urbanos e definem quem pode e quem não pode ali estar. Grandes condomínios estão sendo construídos com discursos em prol da revitalização e da segurança; todavia, promovem, na verdade, ainda mais segregação e separação dos territórios o que aumenta a especulação imobiliária do local e incentiva novas medidas de demarcação que privilegiam, obviamente, a classe mais rica. O Passo dos Negros é um lugar que transmite uma sobreposição de experiências do passado e do presente que parecem flutuar entre a realidade dos que o vivenciam e os planos do poder público e privado. O lugar existe devido à resiliência de pessoas que permanecem na comunidade e que resistem às pressões dos grandes investimentos imobiliários que usam a promessa de revitalização como justificativa para privatizar os espaços públicos. Conhecido como gentrificação, tal processo pode ser interpretado como um modo de privatizar o lazer ao transformar estes locais em espaços nobres, expulsando e excluindo a população até então residente. A ação de (des)velar o velado também é uma forma de velar (guardar) e proteger a memória dos espaços relacionados à história da comunidade negra pelotense. "Gentrificação não, gente sim!" (Poeta Gog)

ELES NÃO VÃO VENDER NOSSOS VIVERES
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